segunda-feira, janeiro 16, 2012

Marisco-borboleta

Castalia undosa Martens 1827 

NOME POPULAR: Concha-borboleta; Marisco-borboleta
FILO: Mollusca
CLASSE: Bivalvia
ORDEM/CLADO: Unionoida
FAMÍLIA: Hyriidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 05/04): Ameaçada
Estados Brasileiros: não consta
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): EN – A3e

  • INFORMAÇÕES GERAIS 
  Castalia undosa Martens 1827 vive enterrada em locais preferencialmente lodosos, diferentemente de C. martensi, que, de acordo com Mansur (1972), prefere sedimentos com predominância de areia fina. Enterram-se em profundidades de cerca de 0,7 até 1 m, em águas relativamente calmas, e próximo a raízes de plantas aquáticas. A concha é subtriangular, eqüivalve e ineqüilateral, cujo comprimento alcança cerca de 6 cm (lembra as asas de uma borboleta). A superfície externa da concha está provida com cerca de oito a 13 costelas arranjadas paralelamente, convergindo para a região umbonal. Na região posterior da concha existem esculturações com dobras e nódulos, o que, segundo Bonetto (1965), é uma característica bem de¿nida da espécie. A região umbonal geralmente se encontra desgastada, provavelmente devido à natureza do substrato e composição química da água (Bonetto, 1961). Castalia undosaapresenta dimor¿smo sexual representado pelo contorno a¿lado nos machos (Avelar et al., 1991). O período reprodutivo vai de agosto a abril, com um pico expressivo em janeiro e fevereiro (Oliveira, 1985). Atualmente, após a invasão da espécie exótica Corbicula fluminea e à ação antrópica, tem-se notado o declínio das populações naturais nos principais rios do Estado de São Paulo.

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 
Sul de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Sul da Bahia, São Paulo e Paraná. 
  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
Desconhecida.
  • PRINCIPAIS AMEAÇAS
  A espécie, assim como todos os bivalves de água doce, corre sério risco devido principalmente à ação antrópica, caracterizada pela destruição das matas ciliares, bem como à má utilização do solo. Recentemente, o perigo maior, e sem solução aparente, foi a introdução da espécie exótica C. fluminea, que compete sobre todos os aspectos com a fauna de bivalves indígenas, seja quanto aos mecanismos reprodutivos e modo de vida, seja quanto a estratégias de ocupação do ambiente. 
  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO
  Para tentar minimizar o impacto da ação antrópica, é necessário proteger as margens dos rios com a recomposição da mata ciliar, bem como medidas adequadas de utilização do solo, com a construção de curvas de nível apropriadas. Assim evita-se que o escoamento super¿cial arraste para o leito dos rios o solo preparado para plantio e, conseqüentemente, os defensivos agrícolas utilizados em plantações tais como de milho, cana, soja etc.
  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 
Maria Cristina Dreher Mansur (PUC/RS); Wagner Eustáquio Paiva Avelar (FFCLRP/USP).

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinç

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