Reciclagem

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Papel  
  Para enviar as embalagens de papelão para a reciclagem, é necessário: 1. Desmontar a caixa, obedecendo aos vincos das dobras, a fim de diminuir o volume e facilitar o armazenamento. 2. Retirar, se possível, quaisquer adesivos, fitas e/ou grampos, para reduzir a quantidade de elementos contaminantes do processo.

Reaproveitamento  

As fibras de melhor qualidade são utilizadas para o papel-capa, isto é, para as partes externas. As de qualidade inferior servem para produzir o papel-miolo. Dependendo das características do produto a ser embalado, são utilizados diferentes acessórios, os quais complementam a proteção para estocagem ou transporte; são os separadores, tabuleiros, divisões, reforços de canto, etc. A reutilização dessas embalagens já é tradicional no Brasil. Os supermercados e atacadistas, que são grandes usuários, formam a rede de reaproveitamento existente. Faz parte da rotina de transporte e distribuição recolhê-las de volta devidamente desmontadas e acondicionadas. Reciclagem Os papeis usados, juntamente com rebarbas de papéis que sobram das indústrias, são chamados de aparas e são a matéria-prima para a produção de novos artefatos no processo de reciclagem. Alguns produtos podem ser feitos com 100% de papel reciclado, já outros ainda necessitam da adição de fibras virgens. No processo, as aparas são limpas, descoloridas e alvejadas (em alguns casos). Após esta etapa obtém-se a pasta celulósica que precisa ser refinada e, em alguns casos, adicionada de fibras virgens.


O QUE PODE SER RECICLADO

  Caixa de papelão ondulado, jornais e revistas, fotocópias, folhas de caderno, envelopes, formulários de computador, provas, caixas em geral, rascunhos, aparas de papel, cartazes velhos e papel de fax.
Observação importante: os papéis combinados com outros materiais (plastificados, metalizados, papel carbono, etc), ou muito sujos de graxa, gordura, alimentos, e também os papéis higiênicos, não devem ser misturados com os indicados acima.


ÍNDICE DE RECICLAGEM DE PAPEL NO BRASIL

2001-37,3%
2002-38,8%
2003-37,9%




Plástico


Tipos de Plásticos  

  Existem muitos tipos de plásticos. Os mais rígidos, os fininhos e fáceis de amassar, os transparentes, etc... Eles são divididos em dois grupos de acordo com as suas características de fusão ou derretimento: termoplásticos e termorrígidos.  Os termoplásticos são aqueles que amolecem ao serem aquecidos, podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidos e tomam uma nova forma. Esse processo pode ser repetido várias vezes. Correspondem a 80% dos plásticos consumidos. Ex: polipropileno, polietileno.  Os termorrígidos ou termofixos são aqueles que não derretem quando aquecidos, o que impossibilita a sua reutilização através dos processos convencionais de reciclagem. Ex: poliuretano rígido.Em alguns casos, estes materiais podem ser reciclados parcialmente através de moagem prévia e incorporação no material virgem em pequenas quantidades, como ocorre com os elastômeros (borracha).

PET  No Brasil, o uso das embalagens PET (politereftalato de etileno) está crescendo e substituindo embalagens como: latas de flandres, vidros, multilaminados (tipo "longa vida" ou "caixinha") e até de outros plásticos. Hoje é comum observar o PET em garrafas de suco, refrigerantes, óleos vegetais, água mineral.A matéria-prima Os plásticos são polímeros produzidos a partir de processos petroquímicos. O PET é um deles, e foi desenvolvido em 1941 pelos químicos ingleses Whinfield e Dickson. Por ser um material inerte, leve, resistente e transparente, passou a ser utilizado na fabricação de embalagens de bebidas e alimentos no início da década de 1980. Em 1985 cerca de 500 mil toneladas de vasilhames já haviam sido produzidos, somente nos Estados Unidos.

Processo de reciclagem do PET.

  Depois de coletadas por um sistema seletivo, as embalagens PET passam por uma triagem para separá-las por cor.
Para viabilizar o transporte para as fábricas recicladoras é necessário, em muitos casos, o enfardamento, utilizando prensas hidráulicas ou manuais.
O processo de reciclagem do PET se dá através de moagem e lavagem das embalagens, daí os polímeros são novamente transformados em grânulos, os chamados grãos ou pellets.
Os produtos da reciclagem do PET são muito variados. É possível fabricar desde fibra de poliéster para a confecção de roupas à produção de novas embalagens (exceto embalagens para a indústria alimentícia). Veja a tabela acima:
Fonte: ABIPET Por que reciclar

Em sua maioria os materiais plásticos ocupam muito espaço nos aterros devido a dificuldades de compactação e por sua baixa degradabilidade.
As embalagens plásticas lançadas indevidamente no ambiente contribuem para entupimentos, propiciam condições de proliferação de vetores, prejudicam a navegação marítima e agridem a fauna aquática, além de causarem mau aspecto estético.
Existem hoje, no país, programas de coleta seletiva desenvolvidos por prefeituras, empresas, universidades, condomínios, escolas, etc. Procure saber se alguma destas iniciativas está sendo implementada em sua região, lembrando ainda que o material separado também pode ser encaminhado para cooperativas e sucateiros.



Metal


Tipos de Metal
Existem muitos tipos de metais, chegando hoje ao total de sessenta e oito. Dentre eles existem alguns bem diferentes, como o mercúrio (que é líquido) e o sódio (que é leve). Os mais conhecidos e utilizados há muitos anos são o ferro, cobre, estanho, chumbo, ouro e a prata.
Os metais podem ser separados em dois grandes grupos: os ferrosos, compostos por ferro, e os não-ferrosos.
  • Veja abaixo os principais tipos de metais e suas aplicações:

Tipos 

Aplicações


FERROSOS Ferro utensílios domésticos, ferramentas, peças de automóveis estruturas de edifícios, latas de alimentos e bebidas;
NÃO-FERROSOS Cobre cabos telefônicos e enrolamentos elétricos, encanamentos;
Metais pesados Chumbo baterias de carros, lacres;Níquel baterias de celular;Zinco telhados, baterias Mercúrio lâmpadas fluorescentes, baterias

ALUMÍNIO
Índice de reciclagem de latas de alumínio no Brasil
2001 -85%
2002 -87%
2003 -89%
Reciclagem da lata de alumínio  
AÇO  Reciclagem de aço  A reciclagem de aço remonta à própria história de utilização do metal. Reciclado, mantém suas propriedades como dureza, resistência e versatilidade. As latas normalmente jogadas no lixo podem retornar a nós em forma de novas latas, ou como vários utensílios - arames, partes de automóvel, dobradiças, maçanetas e muitos outros.  Nas áreas de armazenamento, as latas são prensadas para aumentar sua densidade e melhorar as condições de transporte. São enviadas às indústrias siderúrgicas junto com as demais sucatas metálicas, para se transformarem em tarugos ou folhas de flandres.  As latas de aço lançadas na natureza sofrem oxidação num prazo médio de 3 anos, transformando-se em óxidos ou hidróxidos de ferro. Se recuperadas, podem ser recicladas infinitamente.Índice de reciclagem de latas de aço no Brasil 2003 -47%  Se considerarmos os índices de reciclagem de carros velhos, eletrodomésticos, resíduos de construção civil, ou seja, todos os segmentos do aço, e somarmos aos índices das embalagens de aço, o Brasil recicla cerca de 70% de todo o aço produzido anualmente.


UM CASO ESPECIAL: OS METAIS PESADOS


Principais metais pesados e seus Impactos: 

Chumbo 
  • indústria de baterias automotivas, chapas de metal semi-acabado, canos de metal, cable sheating, aditivos em gasolina, munição.
  • indústria de reciclagem de sucata de baterias automotivas para reutilização de chumbo 
  • prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso em geral afeta o sangue, rins, sistema digestivo e reprodutor eleva a pressão arterial agente teratogênico (que acarreta mutação genética).

Cádmio 


  • fundição e refinação de metais como zinco, chumbo e cobre;
  • derivados de cádmio são utilizados em pigmentos e pinturas, baterias, processos de galvanoplastia, solda, acumuladores, estabilizadores de PVC, reatores nucleares, tabaco. 
  • É comprovadamente um agente cancerígeno, teratogênico e pode causar danos ao sistema reprodutivo e lesão nos rins.


Mercúrio 
  • mineração e o uso de derivados na indústria e na agricultura células de eletrólise do sal para produção de cloro lâmpadas fluorescentes. 
  • Intoxicação aguda: efeitos corrosivos violentos na pele e nas membranas da mucosa, náuseas violentas, vômito, dor abdominal, diarréia com sangue, danos aos rins e morte em um período aproximado de 10 dias.
  • Intoxicação crônica: sintomas neurológicos, tremores, vertigens, irritabilidade e depressão, associados a salivação, estomatite e diarréia; descoordenação motora progressiva, perda de visão e audição e deterioração mental decorrente de uma neuroencefalopatia tóxica, na qual as células nervosas do cérebro e do córtex cerebral são seletivamente envolvidas.

Alumínio 
  • Produção de artefatos de alumínio; serralheria; soldagem de medicamentos (antiácidos) e tratamento convencional de água. 
  • Anemia por deficiência de ferro; intoxicação crônica


Arsênio 
  • Metalurgia; manufatura de vidros e fundição 
  • Câncer (seios paranasais)


Cobalto 
  • Preparo de ferramentas de corte e furadoras 
  • Fibrose pulmonar (endurecimento do pulmão) que pode levar à morte


Cromo 
  • Indústrias de corantes, esmaltes, tintas, ligas com aço e níquel; cromagem de metais 
  • Asma (bronquite); câncer


Fósforo amarelo
  •  Veneno para baratas; rodenticidas (tipo de inseticida usado na lavoura) e fogos de artifício. 
  • Náuseas; gastrite; odor de alho; fezes e vômitos fosforescentes; dor muscular; torpor; choque; coma e até morte


Chumbo 
  • Fabricação e reciclagem de baterias de autos; indústria de tintas; pintura em cerâmica; soldagem 
  • Saturnismo (cólicas abdominais, tremores, fraqueza muscular, lesão renal e cerebral)

Níquel Baterias
  • aramados; fundição e niquelagem de metais; refinarias 
  • Câncer de pulmão e seios paranasais

Fumos metálicos 
  • Vapores (de cobre, cádmio, ferro, manganês, níquel e zinco) da soldagem industrial ou da galvanização de metais. 
  • Febre dos fumos metálicos (febre, tosse, cansaço e dores musculares) - parecido com pneumonia.

¹ Crianças são especialmente vulneráveis aos efeitos do chumbo. Mesmo quantidades relativamente pequenas de chumbo podem causar rebaixamento permanente da inteligência em crianças, potencialmente resultando em desordens para leitura, distúrbios psicológicos e retardamento mental. Outros efeitos em crianças incluem doenças nos rins e artrite.
  • Reciclagem de materiais pesados
1. Pilhas:

  A reciclagem de pilhas envolve geralmente três fases: a triagem, o tratamento físico e o tratamento metalúrgico. O tratamento físico consiste na moagem e posterior separação de constituintes. O tratamento metalúrgico depende da tecnologia adotada pela unidade de reciclagem, podendo ser:
  Processo Pirometalúrgico - após a moagem, o ferro é separado magneticamente. Os outros metais são separados tendo em conta os diferentes pontos de fusão. Uma queima inicial permite a total recuperação do mercúrio e do zinco nos gases de saída. O resíduo é então aquecido acima de 1000ºC com um agente redutor, ocorrendo nesta fase a reciclagem do magnésio e de mais algum zinco. Trata-se, portanto, de um processo térmico que consiste em evaporar à temperatura precisa cada metal para recuperá-lo depois, por condensação.
  Processo Hidrometalúrgico - opera geralmente a temperaturas que não excedem os 100ºC. As pilhas usadas, sujeitas a moagem prévia, são lixiviadas com ácido hidroclorídrico ou sulfúrico, seguindo-se a purificação das soluções através de operações de precipitação ou eletrólise para recuperação do zinco e do dióxido de magnésio, ou do cádmio e do níquel. Muitas vezes o mercúrio é removido previamente por aquecimento.


2. Descontaminação de metais pesados no solo:

  Foram os cientistas da Universidade Ehime (Japão) os descobridores esta nova tecnologia de limpeza de solos contaminados por metais pesados que poderá ser a solução para a recuperação de aterros sanitários ou de regiões atingidas por acidentes com produtos químicos. O que é mais interessante no novo processo é que os metais pesados são separados e podem ser reutilizados em processos industriais, eliminando a necessidade da criação de novos locais de deposição de resíduos. O método também pode ser utilizado para limpeza de águas contaminadas.
  O novo método faz com que os metais pesados no solo precipitem-se com elementos de ferro contidos no próprio solo, sendo então recuperados e separados. A tecnologia permite a seleção de quais metais pesados devem ser retirados, permitindo um controle ativo sobre o processo de limpeza do solo. O equipamento envolvido é de pequeno porte, podendo ser levado ao local da descontaminação, evitando a remoção de solo contaminado, o que sempre abre possibilidades para novos acidentes.
  A nova tecnologia remove os metais pesados de maneira seletiva e os recupera no próprio local da contaminação, redepositando o solo já descontaminado no lugar, evitando a necessidade de relocalização e a retirada de solo de outro local. 


Vidros


Tipos de Vidro  Existem muitos tipos de vidros que apesar de partirem da mesma base, possuem composições diferentes, de acordo com a finalidade a que se destinam. Veja a tabela a seguir.


Tipos 

Aplicações


Vidro para embalagens- garrafas, potes, frascos e outros vasilhames fabricados em vidro comum nas cores branca, âmbar e verde;
Vidro plano -vidros de janelas, de automóveis, fogões, geladeiras, microondas, espelhos, etc .
Vidros domésticos- tigelas, travessas, copos, pratos, panelas e produtos domésticos fabricados em diversos tipos de vidro;
Fibras de vidro -mantas, tecidos, fios e outros produtos para aplicações de reforço ou de isolamento;
Vidros técnicos- lâmpadas incandescentes ou fluorescentes, tubos de TV, vidros para laboratório, para ampolas, para garrafas térmicas, vidros oftálmicos e isoladores elétricos.

  • Produção

  Toda a matéria-prima é levada a um misturador. A mistura resultante é levada ao forno de fusão, onde, sob o efeito do calor, se transforma em vidro e é conduzido às máquinas de conformação, que são utilizadas de acordo com o tipo de vidro que se pretende obter. Após conformada, a peça de vidro deve ser recozida, isto é, deve ser esfriada lentamente até a temperatura ambiente, aliviando, desta forma, as tensões que normalmente surgem durante a conformação e tornando a peça mais resistente.

  • Reciclagem de Vidro

  Dentre as principais vantagens do vidro está o fato dele ser 100% reciclável, ou seja, ele pode ser usado e posteriormente utilizado como matéria-prima na fabricação de novos vidros infinitas vezes sem perda de qualidade ou pureza do produto.


  No processo de reciclagem os produtos devem ser separados por tipo e cores. Por exemplo, as embalagens de geléia e os copos comuns não devem ser misturados aos vidros de janela. As cores mais comuns são o âmbar (garrafas de cerveja e produtos químicos), o translúcido ou "branco" (compotas), verde (refrigerantes) e azul (vinho).
  O vidro usado retorna às vidrarias, onde é lavado, triturado e os cacos são misturados com mais areia, calcário, sódio e outros minerais e fundidos. Veja gráfico abaixo:
  
COMPOSIÇÃO DO VIDRO COM CACO


ÍNDICE DE RECICLAGEM DE VIDRO NO BRASIL

2001 -42%
2002 -44%
2003 -45%

FIQUE POR DENTRO:

  Além de ser 100% reciclável o vidro é muito bem aplicado para embalagens retornáveis. Neste caso a embalagem apenas sofre um processo de esterilização e pode ser utilizada novamente, como é feito com os cascos retornáveis de bebidas.

  O uso de embalagens retornáveis reduz a necessidade de fabricação de novas embalagens, e conseqüentemente resulta em economia na extração de matéria-prima, nos gastos da fabricação e na emissão de poluentes proveniente do processo industrial.
  No processo de reciclagem, o vidro comum funde a uma temperatura entre 1000oC e 1200oC, enquanto que a temperatura de fusão da fabricação do vidro, a partir dos minérios, ocorre entre 1500oC e 1600oC. Isso reflete em economia de energia e água, maior durabilidade dos fornos e ainda reduz a extração, beneficiamento e transporte dos minérios, diminuindo ainda mais os gastos energético e de materiais. 

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